Candidaturas de I&D a incentivos fiscais batem novo recorde em 2020

Face ao ano fiscal de 2019, registou-se um aumento de 38% no número de candidaturas, de 27% nos investimentos declarados pelas empresas (para um total de 1.558 milhões) e de 24% no total de projetos.
As candidaturas a incentivos fiscais à investigação e desenvolvimento (I&D) empresarial bateram em 2020 um novo recorde, somando 3.283 e um investimento superior a 1.500 milhões de euros, anunciou esta segunda-feira a Agência Nacional de Inovação (ANI).
Face ao ano fiscal de 2019, registou-se um aumento de 38% no número de candidaturas, de 27% nos investimentos declarados pelas empresas (para um total de 1.558 milhões de euros) e de 24% no total de projetos, que ultrapassaram os 8.000 e envolveram a participação de mais de 1.100 doutorados.
Em comunicado, a ANI avança que, do investimento declarado em 2020, cerca de 400 milhões de euros foram investidos em fundos de capital de risco para projetos de investigação e desenvolvimento.
O crédito fiscal solicitado pelas empresas no âmbito do SIFIDE — Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação & Desenvolvimento Empresarial rondou os 745 milhões de euros, mais 36% do que no ano anterior.
Das empresas que, até 21 de julho de 2021, apresentaram candidaturas de investigação a incentivos fiscais ao SIFIDE relativas ao exercício fiscal de 2020, 680 não o tinham submetido no ano anterior.
“Verifica-se um crescimento significativo do investimento declarado em I&D pelas empresas desde 2017, reflexo do aumento do investimento das empresas no desenvolvimento de novos produtos/processos de base tecnológica, bem como do surgimento de fundos de capital de risco em I&D”, salienta a ANI.
Segundo adianta, o crédito atribuído face ao solicitado “ronda os 90% desde 2017”.
Em 2020, a região Norte apresentou 41% das candidaturas ao SIFIDE (1.343), seguida da Área Metropolitana de Lisboa (28%) e do Centro (23%).
Já ao nível do investimento declarado, o Norte representa 38% do total, com 595 milhões de euros, seguido pela Área Metropolitana de Lisboa (37%), com 576 milhões de euros, em linha com as tendências observadas desde 2015.