Investir no Turismo em Portugal

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O Fórum Económico Mundial (World Economic Forum) publicou recentemente a edição de 2017 do Relatório Travel and Tourism Competitiveness Report, que mede a competitividade de 136 economias mundiais através da avaliação de um conjunto de fatores e politicas estatais que promovem o desenvolvimento sustentável do setor do Turismo & Viagens.

O relatório avalia 14 critérios numa escala de 1 a 7 (sendo 7 a pontuação máxima) organizados por quatro grandes categorias: (1) envolvente favorecedora do setor, (2) políticas aplicáveis ao setor e condições de habitação, (3) infraestruturas de apoio e (4) recursos naturais e culturais.

Fonte: World Economic Forum (www.weforum.org)

http://reports.weforum.org/travel-and-tourism-competitiveness-report-2017/country-profiles/#economy=PRT

 

Na globalidade, Portugal posicionou-se como o 14º melhor país para investir no turismo, subindo uma posição face à avaliação de 2015.

Para esta posição contribuíram positivamente as infraestruturas dos serviços turísticos (4ª posição), a proteção e segurança (11ª posição) e a aposta do país neste setor (14ª posição).

A pesar no lado negativo da balança, constam os critérios da competitividade dos preços (73ª posição), a envolvente empresarial (54ª posição) e a sustentabilidade ambiental (47ª posição).

Ainda assim, apenas num único critério Portugal teve uma pontuação pior que a registada em 2015: infraestruturas terrestres e portuárias. De resto, é nos critérios das infraestruturas de apoio e recursos naturais e culturais que se regista um maior desfasamento entre a pontuação do país e a melhor posição do ranking.

O esforço de promover o país como destino turístico foi tido em conta, sendo esta uma das melhores pontuações atribuídas a Portugal.

Por seu lado, o ambiente empresarial nacional não convenceu os especialistas que apontam deficiências ao nível dos efeitos dos impostos sobre o investimento e o trabalho, a eficácia do quadro legal na resolução de litígios e as contribuições sobre o fator trabalho. O gap entre o indicador nacional e o melhor indicador do rating é mais elevado quando analisado os custos de licenciamento da construção e o tempo e a custo de iniciar um novo negócio.

Numa análise comparativa com o nosso país vizinho – Espanha (1º do ranking), verifica-se que as principais diferenças assentam nas infraestruturas de apoio ao turismo e nos recursos naturais e culturais, sendo apenas comparáveis no domínio das infraestruturas dos serviços turísticos.

Analisando o panorama mundial atual, Portugal mostra uma performance bastante interessante para quem quer apostar neste setor, ainda que existam obstáculos a ultrapassar ao nível das políticas sobre o emprego, os impostos e quadro legal aplicável.