A HM Consultores é o resultado de um serviço de excelência estreito entre os seus colaboradores e clientes. No sentido de podermos promover os nossos serviços e demais clientes, fazemos questão de dar o destaque seja dado a um dos nossos clientes, a LBT, nomeadamente através de uma entrevista a Valentina Garcia, CCO da empresa.
Entrevista
A LBT, ao longo dos seus 30 anos, teve uma evolução notável. Quais são os aspetos mais importantes para o sucesso da Empresa?
Ficamos muito gratos com o reconhecimento! Vou utilizar buzzwords, mas francamente não me ocorre nada mais significativo: rigor e procura incessante de qualidade.
O setor têxtil português tem diversos problemas considerados estruturais, nomeadamente a dependência de grandes grupos empresariais como o Grupo INDITEX. Qual considera ser o “caminho” que as empresas do setor têm de percorrer para crescerem de forma sustentada?
É um facto, embora não seja o nosso caso (felizmente!). Penso que o caminho da indústria têxtil – e da indústria em geral no nosso país – terá que ser sempre o da diferenciação pela qualidade e mais ainda pelo tipo de serviço prestado. Na LBT apostamos na construção de relações duradouras com os nossos clientes. Ainda temos muito para percorrer nesta matéria e estamos seguros que é por aqui.
Já recorreram a alguns sistemas de incentivo do Portugal 2020. Estes apoios tiveram um impacto positivo na Empresa? Alguma recomendação para outras Empresas que nunca recorreram a estes apoios?
Recorremos sim e o impacto foi sem dúvida muito positivo uma vez que permitiu realizar investimentos para os quais sozinhos não nos abalançaríamos. Recomendação a outras empresas… bem, trabalhar com a HM Consultores!
Qual é que foi o impacto da pandemia de COVID-19 na atividade da LBT?
A pandemia teve um impacto enorme. Vimos clientes a encerrar, a colocar produções em standby, a não aceitar mercadoria. As encomendas que se mantiveram viram as suas quantidades diminuídas e as entregas mais espaçadas no tempo, os novos desenvolvimentos caíram para metade. Ainda assim, temos sido imensamente afortunados. Temos um portfolio de clientes bastante diversificado, no mercado de luxo e com presença on-line, o que tem permitido manter o fluxo de encomendas. A oportunidade de produzirmos máscaras tem sido um balão de oxigénio relevante.
Neste contexto, o maior risco que identificámos foi o de sermos obrigados a encerrar em caso de contágio. Para garantirmos a continuidade da operação fomos a primeira empresa industrial a implementar a Triagem Smart, uma metodologia desenvolvida pela biosurfit (uma empresa de biotecnologia portuguesa) que permite fazer a detecção precoce de covid-19 mediante a realização de testes muito simples realizados semanalmente aos nossos colaboradores.
Os apoios disponibilizados pelo Governo e pelo Portugal2020, para as Empresas fazerem face a esta situação epidemiológica excecional, parecem-lhe suficientes?
Os apoios do Governo e do Portugal2020 são um bom sinal, mas ficam aquém do que é necessário, são manifestamente insuficientes. A linha de crédito disponibilizada esgotou-se nos primeiros dias, as condições para entrar em lay off levam as empresas a situações dificílimas antes de conseguirem ser aplicadas e os apoios não cobrem o investimento em reconversão necessário à adaptação às novas medidas de segurança. Temos a expectava que venham mais.
Valentina Garcia