Na newsletter de abril, a HM Consultores apresenta uma entrevista à Consultora de Investimentos e Estratégia, Adriana Simões, licenciada em Finanças e mestre em Economia pela Universidade de Aveiro.

 

Começaste o teu percurso profissional na HM Consultores em 2016. Quais têm sido as principais aprendizagens na função de consultora na área financeira e de gestão de projetos?

No início do meu percurso na HM Consultores, o mais importante que aprendi foi como o que me tinha sido ensinado na minha formação se poderia aplicar efetivamente em contexto real.

Neste sentido, foi fundamental o acompanhamento que tive, por forma a perceber como funcionava todo o processo, desde o enquadramento de um projeto (realizado pela área comercial) até ao encerramento do mesmo.

Posso também destacar a comunicação com o cliente. É uma área onde tenho investido muito e essencial para prestarmos um bom serviço.

Para além disso, uma das coisas que eu mais gosto na nossa área é o facto de termos contacto com os mais variados sectores de atividade, de cada um dos clientes que escolhem a HM Consultores para acompanhar os seus projetos.

 

Em 2020, tal como tantas outras empresas, a HM Consultores viu-se obrigada a transitar a 100% para teletrabalho. Quais os principais desafios e oportunidades que esta mudança trouxe?

Considero que o principal desafio que o teletrabalho trouxe foi a comunicação com a equipa, isto é, no escritório, estando em “open office”, a facilidade de comunicação é muito maior. De qualquer forma, com as ferramentas que temos disponíveis, conseguimos ultrapassar esse desafio.

No contacto com os clientes, o que parecia ser um desafio tornou-se na realidade uma oportunidade, porque apesar de tudo, nos permite agendar reuniões com uma maior facilidade, bastante mais eficientes e sem necessidade de deslocação.

 

Fazendo uma retrospetiva a 2020, como avalias a dinâmica interna da HM?

Já é inerente à cultura da HM a melhoria dos seus processos, portanto 2020 não foi diferente. Claro que teve de ser um processo mais acelerado, para se conseguir ultrapassar os desafios que o teletrabalho implicou, mas considero que se fez um bom trabalho.

Hoje tenho a certeza que toda a informação crítica relacionada com os projetos que gerimos é partilhada entre a equipa e que independentemente de quem é o responsável por determinado projeto, o cliente vai sempre ser bem assessorado.

 

O Portugal 2030 vai marcar uma nova aposta na simplificação de processos no acesso a Apoios. Também na HM temos apostado na criação de novas ferramentas. Queres destacar algumas?

Na fase de Acompanhamento de projetos, a ferramenta mais importante que temos é a nossa “Checklist”, que permite verificar toda a informação do projeto, nomeadamente, valor elegível, incentivo atribuído, taxa de execução, faturas apresentadas em cada um dos pedidos de pagamento de incentivo e previsão do prémio a receber (caso seja aplicável). Sendo uma ferramenta tão importante para o acompanhamento dos projetos, está em constante melhoria.

 

Os benefícios fiscais são uma importante ferramenta de apoio às empresas, que pontos destacarias como mais críticos nestes processos?

Nos processos de benefícios fiscais, o mais importante a ter em consideração são as taxas máximas de auxílios regionais, que podem implicar considerar elegível ou não determinado investimento. Para além disso, também é um fator crítico para o sucesso destes projetos garantir a criação líquida de postos de trabalho nos 3 anos seguintes ao da utilização de alguns dos benefícios fiscais.

Por fim, é importante garantir que a empresa tem um dossier organizado com toda a informação referente a cada um dos benefícios fiscais utilizados.

Como estes não são processos que implicam candidatura, as ações de fiscalização são sempre retroativas. É importante mitigar qualquer risco que possa implicar devolução de benefícios.

 

Quais as principais mudanças que os sistemas de incentivo deveriam ter para melhor servirem as empresas?

Como referido anteriormente, todos esperamos que no Portugal 2030 se aposte na simplificação de processos no acesso a Apoios.

A burocracia associada a algumas medidas é muitas vezes o que leva a que as empresas decidam não avançar com projetos que poderiam beneficiar tanto a Empresa com a região em que esta se insere.

 

Adriana Simões

Consultora de Investimentos e Estratégia