As vendas ao exterior estão a crescer 2,43% nos primeiros nove meses do ano. A confirmar-se esta tendência, será o quarto ano consecutivo de máximos históricos. Mas o sucesso lá fora não vai compensar as perdas no mercado interno, fruto do confinamento, das dificuldades da restauração e da falta de turistas.

As exportações de vinho estão a caminho de um novo recorde. O setor, que em setembro exportou mais 4% do que no mês homólogo, está a crescer 2,43% no acumulado do ano, para 589,6 milhões de euros. E está a menos de 232 mil euros do valor total exportado em 2019, quando se sabe que o último trimestre, com a aproximação do Natal, é sempre o melhor período para as vendas de vinho. Nos últimos três anos, o último trimestre valeu sempre mais de 240 mil euros de exportações. “O caminho está a ser bom, todos os mercados em que investimos mais, com exceção da China e de Angola, estão a crescer, o que significa que fizemos bons investimentos, bem-feitos e ponderados, e que agora estamos a colher os frutos disso”, diz o presidente da ViniPortugal, Frederico Falcão.

O único senão é mesmo a quebra do preço médio, da ordem dos 1,33%, o que significa que estamos a vender mais, mas mais barato. Mas, a manter-se esta tendência, este será o quarto ano consecutivo de crescimento, depois de a quebra de 1,6% em 2016 ter interrompido a trajetória positiva das exportações nacionais de vinho desde 2010. A verdade é que esta boa performance é suportada, essencialmente, pelos mercados extracomunitários, que estão a crescer 21,6%, para 31,5 milhões de euros. Em contrapartida, as vendas para a Europa estão a cair 13,5%, para 272 milhões.