Cipan – Referência no Setor Farmacêutico
A Cipan é uma referência na área dos antibióticos contando com mais de 50 anos de experiência. Hoje, a HM Consultores apresenta a entrevista realizada a João Leite, Operations Director da Cipan.
Entrevista
Trabalham num setor extremamente competitivo há mais de 5 décadas. O que diferencia a Cipan?
A Cipan está presente no mercado desde 1960. Ao longo deste período tem desenvolvido produtos próprios e, nos últimos anos tem apostado também na vertente de contract manufacturing. Uma das características que torna a Cipan uma empresa diferenciada é a capacidade de produção de API’s ou outras moléculas através de processos de fermentação e de síntese química no mesmo complexo produtivo. Esta é uma mais valia que tem vindo a contribuir marcadamente para a evolução da empresa. Se tivesse de resumir, diria que o que diferencia de facto a Cipan das restantes empresas do setor é a sua versatilidade.
Em 2016 passaram a integrar o Grupo SUANFARMA. Qual o impacto que isso trouxe para a empresa?
A forte presença da SUANFARMA no mercado internacional ao nível da comercialização de ingredientes para o setor farmacêutico permitiu uma divulgação da Cipan, dos seus produtos e das suas capacidades produtivas no mercado global. Isto, aliado a uma maior capacidade financeira, tem permitido à Cipan um crescimento estável ao mesmo tempo que permite também investimentos na melhoria das instalações. Um exemplo de melhoria é a estação de pré-tratamento de águas residuais (EPTARi) que foi construída entre 2017 e 2019.
Consideram que Portugal tem capacidade para se tornar um polo de referência no setor farmacêutico? Que tipos de políticas consideram essenciais para nos tornarmos mais competitivos nesta área?
A Cipan não se insere exatamente no setor farmacêutico uma vez que produzimos Ingredientes Ativos Farmacêuticos (API) e não medicamentos tal como os vemos nas prateleiras das farmácias. Na vertente de produção de API penso que Portugal já desempenha um papel importante e que só tem tendência a melhorar nos próximos anos. Para que esta melhoria se torne uma realidade, acredito que a chave é a estratégia definida pelas próprias empresas. Sabendo que estamos num país como Portugal, temos de nos conseguir diferenciar dos restantes competidores que possuem maior poder financeiro. Para isso é preciso inovar e é neste aspeto que os incentivos e as políticas entram e que podem desempenhar um papel extremamente importante para o desenvolvimento do setor.
A CIPAN realiza investimentos significativos e de forma constante. Consideram que os apoios existentes são suficientes, ou face à possibilidade de existência de novos apoios por via do Plano de Resiliência e Recuperação ou do Portugal 2030, deveriam existir algumas mudanças?
Definitivamente os apoios são poucos e muito vocacionados para as PME, que não é o caso da Cipan. Temos igualmente o constrangimento de estarmos localizados na zona geográfica de Lisboa e Vale do Tejo onde os apoios são muito reduzidos.
A COVID-19 mudou o paradigma a nível mundial em várias matérias. Qual foi o impacto na atividade da CIPAN?
Felizmente, devido a todos os cuidados e medidas que foram tomadas internamente, e até ao dia de hoje, o impacto da pandemia causada pela COVID-19 na atividade da Cipan foi mínimo. Através da implementação destas medidas, a atividade produtiva nunca parou e manteve os mesmos níveis do período pré-COVID-19.
Operations Director