A pandemia fechou milhões em casa e fez diversos negócios pararem quase por completo. O comércio internacional foi fortemente abalado, com grandes economias mundiais estagnadas e restrições de transporte entre países. As empresas depararam-se com uma situação sem precedentes, que teve impacto em todos os setores de atividade e em toda a população.
Contudo, a grande maioria das empresas portuguesas está nesta fase a adaptar os seus processos de produção e a implementar outras metodologias de escoamento, demonstrando a sua proatividade e dinamismo meritório.
Referimo-nos à rápida resposta dos empresários portugueses, não só na transição dos seus processos produtivos habituais para a produção de máscaras, viseiras, zaragatoas, luvas, gel desinfetante, entre outros materiais tão necessários para o combate à pandemia, como também no desenvolvimento, em conjunto com entidades do Sistema Científico e Tecnológico, de soluções para ventiladores, testes mais eficientes, novas terapias e vacinas.
Por outro lado, assistimos a mudanças de paradigmas no setor agrícola, no qual se inclui o vinho, que não sendo um bem essencial enfrenta atualmente um grande desafio. Com o canal Horeca praticamente estagnado e com as restrições às exportações, o setor tem estado a apostar no e-commerce, em sessões online de ensino e aprendizagem, bem como em provas e visitas virtuais.
Já no setor dos serviços, assiste-se a novas formas de organização do trabalho e à reestruturação de padrões habituais nas entidades públicas e privadas, através da implementação do teletrabalho.
Estamos perante uma potencial revolução no mercado de trabalho.
Paralelamente, o Governo criou várias medidas temporárias e simplificadas de apoio à economia, para que as empresas pudessem manter os seus compromissos financeiros habituais. Estas medidas traduzem-se na redução ou alivio de compromissos perante a banca, fisco e segurança social e trabalhadores, com vista a manter o emprego e a proporcionar meios financeiros para as obrigações perante fornecedores e trabalhadores que se mantenham em funções sejam cumpridas.
Dentro das medidas aplicada, destaca-se a que permitiu aos beneficiários de candidaturas aprovadas no âmbito do PORTUGAL2020, serem reembolsados de despesas já executadas no de forma mais célere, permitindo responder a problemas de liquidez da tesouraria dos mesmos.
Ainda no que respeita ao PORTUGAL 2020, temos assistido à abertura de novos concursos com incentivos à produção nacional de bens e serviços para o combate à COVID-19, envolvendo empresas e instituições de I&DT.
Parece-nos claro que os empresários terão de pensar agora no relançamento das suas atividades económicas, e uma das formas de o fazerem é seguramente refletir nos investimentos a realizar nos próximos anos. Aproveitar para apostar na eficiência de processos, na qualificação de recursos humanos, alterar paradigmas e planear o futuro.
Vamos assistir ao crescimento de empresas diretamente ou indiretamente ligadas do setor da saúde, aposta crescente na presença online das empresas/instituições, quer na compra e venda de produtos, como também no ensino, aprendizagem, e execução de vários serviços, tanto no setor privado como no público.
Estamos em tempo de mudança, de enfrentar novos desafios e de criar oportunidades!