Qualidade e Clean Label
A Eficiência e Produtividade são cada vez fatores dinâmicos críticos ao desenvolvimento competitivo das organizações, em particular se considerarmos a redução da margem bruta e o aumento sistemático do custo dos fatores de produção. A Leanked procura formas de criar mais valor para os seus clientes através da Melhoria Operacional, como tal centra a sua atenção na resolução das principais dificuldades e problemas dos seus clientes, trabalhando, simultaneamente, em dois pilares: processos e pessoas.
Fazemos questão que na segunda edição da newsletter do Grupo HM Consultores, na secção respeitante à atividade da Leanked, o destaque seja dado a um dos nossos principais clientes, a Fabridoce, através de uma entrevista ao Rui Almeida, administrador da empresa.
Entrevista

Com base na vossa experiência, pode fazer uma breve análise da evolução do setor da pastelaria?
O setor da pastelaria tem evoluído em dois sentidos: por um lado, produtos mais industriais com recurso à mecanização e ultracongelação, sendo depois vendidos descongelados ou forneados no ponto de venda; por outro lado (que é o nosso), para uma continuidade de produtos com cariz mais regional, sem corantes e conservantes, onde o cliente está disponível para pagar um pouco mais pela qualidade e clean label.
Como está a correr o processo de exportação?
Dada a especificidade das sobremesas que produzimos, possuírem uma componente de gema de ovo muito acentuada, reduz o nosso potencial de exportação ao Mercado da Saudade. Felizmente os espanhóis também consomem Fios de Ovos (Huevos Hilados) com presunto e fiambre, e nesse sentido estamos a exportar para Espanha esse artigo em boa quantidade.
Como se diferenciam da concorrência?
A Fabridoce optou por especializar-se em sobremesas tipicamente portuguesas, regionais e com um cariz muito tradicional e artesanal. Sabemos que por um lado temos mais custos de mão de obra, mas por outro fazemos sobremesas especiais e que os portugueses muito apreciam. Trabalhamos para um nicho de mercado de clientes que apreciam o “muito bom” e “português”.
Qual a estratégia de crescimento? Orgânica ou por aquisição? Lançamento de novos produtos?
Queremos continuar a crescer no que mais nos diferencia, os Ovos Moles e Fios de Ovos, bem como nos Gelados com sabores tipicamente portugueses. Estamos a trabalhar em linha de artigos alternativos, sempre com “clean label”, mas que possam ir ao encontro das novas gerações de consumidores que procuram doces muito bons, mas com menos açucarados.
Qual o impacto que o projeto da Leanked teve na Fabridoce teve e como encara a melhoria contínua?
Permitiu organizar as linhas de produção com objetivos bem definidos, avaliações sistemáticas e resultados bem mensurados, traduzindo-se em melhores resultados e produtividade.
As 7 maravilhas tiveram algum impacto no negócio?
Permitiu essencialmente que os aveirenses e no geral os portugueses voltassem a sua atenção para os doces tipicamente portugueses e sua importância no desenvolvimento regional, gastronómico e de atração turística.
Têm tido projetos aprovados no Portugal 2020. Qual a sua opinião dos incentivos?
Os apoios do Portugal 2020 têm a principal vantagem de ajudar a implementar e acelerar os projetos que a empresa pretende implementar. Para além disso, ao concorrer, “obriga-nos” a pensar o negócio e a empresa a médio prazo em termos de crescimento e estratégia.
Rui Almeida
CEO Fabridoce
