A HM Consultores continua a apoiar-se nos seus clientes para melhorar a cada dia que passa. Na newsletter de janeiro, a HM Consultores entrevistou um dos seus principais clientes na área dos vinhos: Wine & Soul. Abaixo apresentamos a entrevista a Jorge Serôdio Borges e a Sandra Tavares Silva.
Como surgiu o projeto Wine & Soul?
A Wine&Soul surgiu em 2001 por nossa iniciativa, Jorge Serôdio Borges e Sandra Tavares Silva. Somos ambos casados e enólogos, que queríamos produzir um vinho que ilustrasse bem um Douro com autenticidade e identidade de uma vinha velha com características únicas em termos de terroir, diversidade e castas e exposição. A partir daí nunca mais parámos de procurar outras vinhas, outros locais com diferentes características a partir dos quais pudéssemos criar outros vinhos únicos e diferentes.
Quais os momentos mais marcantes do vosso projeto?
Claro que o lançamento em 2003 do nosso primeiro vinho, o Pintas Douro Tinto 2001 foi um momento muito especial e de muita ansiedade mas foi um sucesso o que nos deu muita força para continuar cada vez com mais energia e motivação! Outro grande momento foi em 2009 quando adquirimos a Quinta da Manoella, uma propriedade que já está na família do Jorge há 5 gerações e com umas condições ambientais e edafo-climáticas muito diferentes e especiais onde produzimos vinhos muito elegantes e com grande potencial de envelhecimento. Em 2014 recebemos a notícia que o Pintas 2011 obteve 98 pontos na Revista Wine Spectator, até hoje a pontuação mais alta de um vinho português. E em 2020, o Pintas 2017 integrou a lista Top 100 da Wine Spectator. Todos estas menções ou pontuações são muito importantes para nós, pois é um reconhecimento do nosso trabalho e em especial mostra a consistência das diversas colheitas e marcas ao longo dos anos.
A fundadora e Enóloga Sandra Tavares foi eleita uma das 24 melhores enólogas do mundo pelo Financial Times. Como é a vossa filosofia de trabalho para atingir esta excelência?
Realmente ser eleita por Jancis Robinson uma das 24 melhores enólogas do Mundo foi extremamente gratificante, mas só foi possível mostrando ao longo de mais de 20 anos o nosso trabalho, dedicação e vontade de melhorar ano após ano, sempre na busca de mais detalhe e perfeição.
Qual o futuro do vinho do Douro?
Penso que o Douro sendo a Região Demarcada mais antiga do Mundo e uma região com uma vasta área de vinhas num território geograficamente e topograficamente bem diverso tem um imenso potencial para criar vinhos excecionais e diversificados. E pelo que já se tem vindo a criar, é bem visível a apetência no mercado e reconhecimento nacional e internacional dos vinhos do Douro. Penso que de futuro este reconhecimento poderá ser ainda maior com a ajuda do Turismo na promoção de Portugal, promovendo experiências únicas com produtos de qualidade.
Quais os vossos conselhos para os novos empreendedores do setor?
Apostar na qualidade e identidade do seu terroir.