A HM Consultores apoia-se em todos os seus colaboradores para que o seu serviço seja de excelência ao longo de mais de 30 anos. Na MagazineHM #24 apresentamos a entrevista a Catarina Cabanas, Consultora de Investimentos e Estratégia.

 

Quais são os principais marcos que destacas ao longo destes quase 4 anos a trabalhar na HM Consultores?

Estes 4 anos na HM Consultores foram muito exigentes e de elevado crescimento profissional e pessoal, onde fui constantemente desafiada quer pela equipa quer pelos clientes e os seus projetos. Durante esse período destaco o companheirismo e entre a ajuda como fatores essenciais para encarar cada dia com a motivação para fazer mais e melhor, mesmo em períodos mais exigentes e conturbados.

 

Catarina Cabanas

O teu background em investigação permite-te perceber as principais diferenças na abordagem ao I&D por parte de Empresas e Investigadores. Que pontos salientas?

Os principais pontos de diferença que identifico na abordagem à I&D entre as Universidades e Empresas/Industrias encontram-se sumarizados na tabela abaixo.

De um modo geral, enquanto as Universidades têm como principal missão criar conhecimento sem “esperar” retorno financeiro, as Empresas têm como objetivo a descoberta ou melhoria substancial dos seus produtos/processos com vista à diferenciação e à criação de maior volume de negócios. As Empresas detêm conhecimento e protegem-no através de patentes ao passo que os académicos tornam público as suas descobertas através de publicações em revistas da especialidade, por exemplo.

Universidades

Empresas

Novas descobertas

Orientação para o produto

Novo conhecimento

Maior valor acrescentado
Investigação fundamental

Investigação aplicada

Longo-prazo

Curto-prazo

Livre, Bem público

Sigilo, patentes

 

Quais têm sido os principais problemas das empresas na obtenção de apoios à I&D? De que forma podem ser estes problemas colmatados?

Regra geral, as empresas procuram alcançar objetivos concretos com base nos recursos que têm ao seu alcance, não se detendo a classificar se as opções tomadas são atividades de I&D ou atividades de Engenharia.

Assim, não existindo esta preocupação no seu dia-a-dia, as Empresas não conseguem tirar partido dos instrumentos/apoios financeiros que estão disponíveis para apoiar seu esforço em I&D.

Face ao exposto, a equipa de I&D da HM tem feito um papel crucial neste processo, auxiliando as empresas a identificar e a analisar quais os projetos que são I&D. Isto é, os projetos que apresentam desenvolvimentos técnicos e tecnológicos com novidade apreciável no setor e cuja resolução se antevê ser de elevado grau de incerteza científica e/ou tecnológica, mesmo apara alguém da área, e que, portanto, poderão ser apresentados em programas de apoio à investigação.

 

Com a transição entre Quadros Comunitários, os incentivos fiscais surgem como uma ótima opção para as empresas obterem apoio a investimentos efetuados. Com o que podem as empresas contar nesta fase?

Nesta fase de transição, o SIFIDE (Sistema de Incentivos fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial) poderá ser uma excelente oportunidade para as empresas que apostam ou pretendem vir a apostar em I&D em Portugal. Trata-se de um benefício fiscal que permite deduzir à coleta até 82,5% dos custos associados à realização de atividades de I&D no ano de referência, estando entre as despesas elegíveis, os custos com pessoal, gastos gerais de funcionamento, a contratação de atividade de I&D e o registo e manutenção de patentes, entre outros.

Esta opção também poderá ser interessante para Empresas que invistam em fundos de investimento, destinados a financiar empresas dedicadas à I&D e cuja idoneidade em matéria de I&D é reconhecida pela ANI.

 

Catarina Cabanas

Consultora de Investimentos e Estratégia