IDEPA

A MagazineHM #43 apresenta a entrevista realizada a Eduardo Moura e Sá, Administrador da IDEPA, empresa cliente da HM Consultores que fabrica etiquetas e passamanarias.

Entrevista

Eduardo Moura e Sá

Com sede em São João da Madeira, a IDEPA está no mercado há quase 60 anos e tem-se diferenciado pela proatividade e pela abordagem vanguardista da conceção dos seus produtos. Tem sido este o segredo para a longevidade da empresa?

A nossa atitude tem sido de lealdade e compromisso perante os nossos stakeholders, apostando numa gestão projectada no longo prazo. Sempre demos prioridade ao reinvestimento na própria empresa em inovação, tecnologia e competências comerciais. Acreditamos que esta conduta nos garantiu muita confiança pelos nossos parceiros, na estabilidade da IDEPA e na sua capacidade de se comprometer na execução de projectos de elevada exigência e de continuidade.

Têm assumido um posicionamento com base em preocupações contemporâneas como a sustentabilidade, a investigação & desenvolvimento e o design. De que formas é que implementam estes conceitos nos vossos produtos?

Temos equipas multidisciplinares que adquiriram a cultura de empresa e a capacidade de integrar esses conceitos nos nossos processos de desenvolvimento duma forma natural e inevitável. Temos implementado o sistema de gestão IDI, pela Norma Portuguesa 4457 de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação, que tem sido um importante apoio no desenvolvimento de produtos e novos métodos organizacionais e de marketing.

Olhamos com frequência para a indústria como um conjunto de maquinaria automática, onde não mora a imaginação. Porém, a IDEPA encara a criatividade como uma peça-chave do seu negócio. Uma equipa criativa é crucial para se destacarem na indústria têxtil?

A criatividade está desde logo na nossa proposta de valor e sem esta capacidade dificilmente teríamos chegado aos 58 anos de idade. A nossa experiência ensinou-nos que a capacidade criativa e de inovação dos produtos e dos processos, também no sentido mais lato, foi sempre uma das nossas vantagens competitivas.

Tem usufruído bastante dos apoios aos fundos comunitários, desde candidaturas à Inovação até candidaturas à Internacionalização e Qualificação. Com base em toda esta experiência da empresa, como é que caracterizam a interação com estes apoios?

Duma forma global, os mecanismos têm funcionado cumprindo os objectivos finais. Os apoios recebidos foram muito importantes para o nosso desenvolvimento e devemos estar gratos à União Europeia enquanto país e tecido empresarial nacional.

De acordo com a estratégia da empresa, quais são as vossas perspetivas para o novo quadro comunitário Portugal 2030?

A estratégia da IDEPA coincide globalmente com a política de incentivos do novo quadro comunitário e com as tendências de mercado actuais, que combina sustentabilidade e descarbonização nos investimentos da indústria. Nesse sentido, estamos optimistas, apesar da instabilidade dos mercados energéticos que podem alterar por completo o sentido das decisões de investimento após a submissão das candidaturas e que poderá exigir flexibilidade por parte das instituições públicas.

Eduardo Moura e Sá, Administrador

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