Algures entre Decidir e Executar

É impossível falar do tecido empresarial português sem abordar a questão da escala. Na maioria das empresas, os decisores trabalham lado a lado com quem executa, o que levanta uma questão essencial: será que esta proximidade limita a capacidade de pensar estrategicamente o futuro?

Neste contexto, temas como governance, gestão de talento e liderança deixam de ser meros conceitos administrativos e passam a assumir um papel central na competitividade das organizações. A capacidade de atrair, desenvolver e reter talentos, aliada a estruturas de decisão claras e processos de governança eficientes, pode determinar não apenas a sustentabilidade das empresas, mas também a sua capacidade de inovar e de crescer no mercado.

No mais recente episódio do Mãos na Massa, Bernardo Freire, Gestor de Marketing da HM Consultores, recebe José Paulo Rodrigues, Partner e CEO da HeadPartners, para uma conversa sem filtros sobre os grandes desafios da gestão empresarial.

Seguem algumas das questões colocadas: Até que ponto considera que o sucesso empresarial hoje depende mais da qualidade do capital humano do que do acesso a capital financeiro? Que práticas ou abordagens têm visto resultar melhor para que as competências certas estejam, de facto, ao serviço dos objetivos da empresa?

Ter Tempo para Pensar – A Importância de Saber Delegar

Liderar é pensar primeiro, para depois implementar a transformação e a mudança, primordial dadas as caraterísticas atuais dos mercados. Para pensar bem precisamos de referenciais e investir tempo na nossa formação e conhecimento. Esse tempo só aparece se os líderes souberem delegar. É através do ato de delegar que o líder liberta tempo para se focar no essencial. No entanto, isto só acontece se o líder estiver acompanhado de pessoas de confiança, tanto em termos técnicos como pessoais. Tal como um governador, o sucesso do empresário mede-se muitas vezes pela sua capacidade de se rodear dos melhores.

Sobre Comunicação e Estratégia de Recursos Humanos

Investir em talento é um desafio que muitas empresas enfrentam, independentemente da sua dimensão. Muitos investidores, empresários e gestores relatam dificuldade em atrair e reter as pessoas certas. Embora haja vontade de investir, a atração e fidelização de talentos exigem hoje competências distribuídas por várias áreas, como Recursos Humanos, Marketing e Tecnologia, o que nem sempre facilita a implementação de estratégias eficazes de Employer Branding.

Assim, é importante manter as pessoas certas informadas a propósito da estratégia de recursos humanos, como refere o nosso convidado:

Sem talento nas organizações e sem mão de obra disponível não há possibilidade de termos sucesso na nossa atividade. […] Aconselhamos vivamente a manter os credores sempre muito bem informados sobre os planos estratégicos da empresa e que quando existam reuniões sobre estes temas não vá só o CFO apresentar.

José Paulo Rodrigues

Em Análise: Liderança no Século XXI

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