O que Esperam os Nossos Clientes do Portugal 2030?

Em maio abriram os primeiros concursos do Portugal 2030 e na HM Consultor temos perguntado aos nossos clientes quais são as expetativas para o novo quadro comunitário. Muitos dos clientes tiveram a sua primeira interação com fundos comunitários no âmbito do Portugal 2020 e adquiriram perspetivas que merecem ser ouvidas. Afinal de contas, quem são os beneficiários dos quadros comunitários? E o que esperam os nossos clientes do Portugal 2030?

Eduardo Moura e Sá, Administrador | IDEPAEduardo Moura e Sá

De acordo com a estratégia da empresa, quais são as vossas perspetivas para o novo quadro comunitário Portugal 2030?

A estratégia da IDEPA coincide globalmente com a política de incentivos do novo quadro comunitário e com as tendências de mercado actuais, que combina sustentabilidade e descarbonização nos investimentos da indústria. Nesse sentido, estamos optimistas, apesar da instabilidade dos mercados energéticos que podem alterar por completo o sentido das decisões de investimento após a submissão das candidaturas e que poderá exigir flexibilidade por parte das instituições públicas.

Renato Gaio

Renato Gaio, Diretor Comercial | Autofer

O Plano de Resiliência e Resolução, até ao momento, foi parco na atribuição de apoios às empresas sendo expectável que o Portugal 2030 apenas esteja disponível no final de 2022. Quais as áreas para as quais considera crítico a existência de apoios?

Na minha opinião o PRR tem apoios bastante interessantes, nomeadamente na vertente da Capitalização e Inovação Empresarial. O constrangimento existe de facto é nos timings dos investimentos e no acesso aos referidos fundos que, devido a toda a burocracia associada e documentação exigida, é exageradamente largo. De facto, este é um constrangimento inerente a todos os apoios financeiros estatais.

Miguel Passanha, CEO | MPC DesignWorks

Contam com os fundos comunitários, em particular o Quadro Comunitário Portugal 2030, para receberem incentivos pelo vosso investimento em matéria de I&D. Na ótica de uma PME, qual é a sua opinião sobre estes fundos e a sua utilidade?

Os fundos são uma ferramenta muito importante para estimular a I&D e reforçar o investimento nesta área. Para uma PME, particularmente nos primeiros anos de vida, é ainda mais difícil investir em actividades de pesquisa e desenvolvimento, principalmente porque o seu retorno não é gerado a curto prazo – isto é, admitindo que haverá retorno, pois são actividades de natureza experimental e de investigação.

A I&D é um pilar fundamental na estratégia da MPC na geração de propriedade industrial e a manter a competitividade da empresa no mercado global.

Marco Silva, Diretor | MoMa Tiles

 Como é que tem sido a experiência com a candidatura aos fundos europeus? Quais são as expetativas para o próximo quadro comunitário, Portugal 2030?

O nosso corpo accionista é muito empreendedor e está sempre a procurar novas oportunidades de investimento, incluindo oportunidades que surjam de crescimento orgânico do nosso projecto, que está objectivamente definido. A experiência tem sido intensa, dada a vontade que tínhamos de implementar o nosso projecto o mais rapidamente possível, e nesse particular, os nossos parceiros, onde se inclui naturalmente a HM com um papel preponderante, têm tido um papel decisivo, e que aproveitamos para agradecer. O Portugal 2030 constituirá certamente uma oportunidade que iremos explorar dentro do enquadramento que temos para o nosso caminho.

Paula Hipólito, Diretora Geral | Casa Vera Cruz

Acredita que os incentivos ao investimento do Portugal 2020 no setor social foram adequados? Com a abertura do novo quadro comunitário, Portugal 2030, consideram concorrer a algum apoio?

As IPSS não têm como objetivo o lucro, mas sim a prestação de apoio a quem dele necessita. No entanto, quando são necessárias obras de fundo em edifícios ou a aquisição de uma máquina ou de uma viatura, a instituição tem que ter meios para fazer a aquisição. Assim, e tendo ainda em conta que as instituições têm regras muito especificas para o funcionamento, com diferentes tipologias de exigências legais, resta-nos a esperança de que o novo quadro comunitário venha trazer o apoio necessário a um setor essencial para o funcionamento pleno da sociedade. E sim, aproveitaremos todas as medidas que vão ao encontro das nossas necessidades. Estamos necessitados de apoios que contribuam para a diminuição dos consumos energéticos e consequentemente a sustentabilidade, ambiental e financeira.

David Marques, CEO | Loki

Conta com o novo Quadro Comunitário, Portugal 2030, para a concretização das ambições da Loki? É esperado que estes apoios financeiros tenham um impacto significativo no crescimento da empresa?

Face aos condicionalismos conjunturais e acima de tudo estruturais que o nosso país invariavelmente enfrenta aos mais diversos níveis, nomeadamente legislativo, fiscal, financeiro e, igualmente importante, demográfico, a existência de quadros de apoio comunitários é fundamental para alavancar a estratégia de todas as empresas em geral e da LOKI em particular.

Com efeito, apesar de o conhecimento e know-how ser um dos nossos principais factores diferenciadores enquanto país, face aos níveis avultados de investimento necessários para que se possa competir nos diferentes mercados e às enormes limitações das empresas em responder a essas necessidades, sem a disponibilização desses fundos comunitários uma grande parte das empresas não teria condições para o fazer. A LOKI não irá escapar a esta realidade, pelo menos numa primeira fase e até que consiga consolidar a sua actividade e estratégia, pelo que a existência destes apoios é importante e terá naturalmente um impacto significativo no crescimento da empresa.

Cláudia Melo, Diretora Técnica | INTERESPUMA

Como está a correr o negócio em 2022? Têm perspetivas de se candidatar a programas do novo Quadro Comunitário: Portugal 2030?

O ano de 2022 é o ano da consolidação da aposta no mercado hospitalar com a criação de parcerias estratégicas neste canal. Paralelamente, assistimos ao crescimento no mercado doméstico do canal Farmácia /Ortopedia fruto do bom desempenho da equipa comercial. As exportações apresentam um crescimento elevado, fortemente motivado pela procura de artigos de qualidade do mercado internacional.

O Portugal 2030 trará seguramente novas oportunidades que serão captadas pela INTERESPUMA para dar continuidade à estratégia de crescimento.