RST – Fiamma

Vai um café? Claro! Mas onde está a máquina do café? O Pedro Serra, Administrador da RST – Fiamma, encaminha-o. A si e a mais de 70 países, para onde o empresário exporta as suas máquinas de café.

A RST – Fiamma é fabricante de máquinas de café expresso e equipamentos de catering. Fique a conhecer um pouco melhor o nosso cliente no âmbito dos fundos europeus.

Entrevista

Em 1977, a RST – Fiamma nasceu da visão do empresário Nelson Serra e dos seus sócios do setor automóvel. Como é que esta iniciativa se transformou numa das principais fabricantes de máquinas de café expresso em Portugal?

Foi pura coincidência. A empresa nasce de facto no sector automóvel, mas paralelamente estávamos a lançar um negócio de importação de máquinas e acessórios para hotelaria. A determinado momento foi necessário tomar a decisão sobre que máquinas de café importar e é nessa altura que numa viagem a Itália o meu pai se apaixona pela ideia de fabricar as suas próprias máquinas de café. Rapidamente a ideia ganhou forma e as máquinas de café superaram as peças para automóveis.

Da icónica FIAMMA GR 2 até à recente NAU, a RST – Fiamma sempre se destacou pela inovação nas abordagens e nos produtos, aliando tecnologia às tendências dos mercados internacionais. Ao longo de mais de 45 anos, a nível da gestão, quais é que têm sido os principais desafios para se manterem competitivos no setor?

Absolutamente as pessoas. Pode parecer um cliché, mas sem uma equipa formada e focada nos objetivos da empresa, não há resultados. Conceber e fabricar bons produtos que se ajustem às reais necessidades dos clientes é o mínimo para participar no mercado atual.

As pessoas com as quais contamos neste processo é que nos permitem fazer a diferença. A renovação geracional numa empresa com 46 anos tem de ser feita por forma a que o know-how e experiência dos colaboradores mais velhos seja maximizada com as novas ideias e formação dos novos colaboradores que vão chegando, muitas vezes de países estrangeiros e que têm uma motivação enorme para crescer, mas também para ganhar dinheiro e ter tempo livre para a sua vida pessoal. Conciliar tudo isto tem sido e será sempre o grande desafio.

A empresa teve sempre uma lógica de crescimento e expansão. Neste âmbito, a jornada de internacionalização tem sido crucial. Contaram, inclusive, com o aviso Internacionalização de PME do Portugal 2020. Qual é que foi o impacto deste apoio ao investimento na estratégia de negócio da empresa?

Fundamental. Seguramente que a estratégia de expansão seria próxima do que tem sido, mas o apoio do Portugal 2020 foi crucial para que a nossa ambição na internacionalização fosse audaz ao ponto de termos ido de pouco mais de 15 países para os atuais 70 para onde exportamos os nossos produtos.

Contam concorrer aos apoios do novo Quadro Comunitário – Portugal 2030?

Sim. Quer em termos de internacionalização quer no que diz respeito à digitalização do negócio e ainda na transição energética e inovação, estamos confiantes que o Portugal 2030 vai ser novamente o alicerce da nossa estratégia e evolução.

Na era da informação em que vivemos a indústria 4.0 tornou-se uma obrigação para as empresas de produção. Como é que têm encarado a incorporação das novas tecnologias como automação, robótica ou mesmo inteligência artificial nos vossos processos?

Há vários anos que investimos em automação nos nossos processos produtivos e logísticos. Contamos atualmente com 8 sistemas automatizados ou robotizados. Não temos ainda experiencia com a inteligência artificial, mas acredito que não faltará muito para fazer parte também do nosso dia a dia na RST.

Pedro Serra, Administrador

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